segunda-feira, 4 de junho de 2012

Em Busca de Saúde e Bem Estar


Há uma revolução em curso na relação que o homem, de um modo geral, tem com sua saúde e seu bem-estar. É o que aponta o estudo My Body, Myself, Our Problem: Health and Wellness in Modern Times (“Meu Corpo, Eu Mesmo, Nosso Problema: Saúde e Bem-estar nos Tempos Modernos”, em tradução livre).

Realizado pela Euro RSCG Worldwide em parceria com o instituto Market Probe International em 19 países, o levantamento investiga essa nova realidade através de tópicos como a percepção do consumidor em relação à saúde, noções de alimentação, senso de controle de doenças e a influência dos hábitos e da alimentação para manutenção da boa saúde. O resultado traz uma surpresa.

As pessoas não só estão vivendo mais como se sentem responsáveis pelo seu bem-estar, preocupam-se com a qualidade de vida que têm e se esforçam para ter hábitos saudáveis. E entre estes novos consumidores de saúde, o brasileiro se destaca. Depois de conquistar longevidade (a expectativa de vida média no Brasil aumentou de 45,5 anos em 1940 para 72,86 anos em 2008), o brasileiro agora busca qualidade de vida.




No Ranking de Bem-Estar Mundial elaborado pelos pesquisadores, o Brasil ocupa o quarto lugar entre os países melhores autoavaliados. Para chegar a esta conclusão, foi pedido que os pesquisados dessem nota a cinco aspectos de suas vidas usando o seguinte critério: A para “excelente”, B para “bom”, C para “médio/aceitável”, D para “pobre” e F para “falho”.

Os entrevistados brasileiros disseram que sua saúde física estava de bom para ótimo (B+), seu controle de peso era bom (B), sua saúde mental era excelente (A-), sua gestão de estresse era boa (B) e sua felicidade transitava entre o bom e o ótimo (B+). O desempenho do Brasil ficou acima da média global, que classificou a saúde mental como B+, a felicidade como B, a saúde física como B, e a gestão de estresse e o controle de peso como B -.
Nutrição

Quando o assunto é preocupação com a nutrição, o brasileiro volta a se destacar. Ao serem questionados se concordavam com a afirmação “Eu estou muito mais consciente do valor nutricional/saudável dos alimentos que eu consumo do que antes”, setenta e sete por cento dos brasileiros afirmaram que sim, nove por cento disseram que não (e os outros 14% não responderam a questão).

Um índice que coloca o Brasil na terceira posição no ranking mundial. A média global, para se ter um ideia, é de 65% de concordância – e 9% de discordância da sentença.

O Brasil também é o terceiro país que mais considera os alimentos importantes para uma vida saudável. Oitenta por cento dos brasileiros disseram acreditar que a alimentação é tão eficaz quanto os remédios na manutenção da saúde. E 71% se declararam de “moderada a extremamente preocupados” com sua segurança alimentar.

Outro aspecto em que se destacam os brasileiros é na confiança que têm no poder do pensamento. De acordo com a pesquisa, 66% dos entrevistados no Brasil acreditam que o pensamento positivo pode ajudar a curar uma pessoa. “O brasileiro é muito otimista quanto ao futuro e à sua saúde”, analisa o executivo do escritório da Euro RSCG de São Paulo, Maurício Kato (leia Bate-Pronto nesta página). “Ele acha que tem um maior controle sobre sua doença. É um povo otimista em relação à vida”.

Como
ENTENDA A NOTÍCIA

Para realizar a pesquisa, foram entrevistados 7.213 adultos da África do Sul, Alemanha, Argentina, Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, China, Colômbia, Estados Unidos, França, Holanda, Hungria, Índia, Irlanda, México, Polônia, Reino Unido e República Checa, representando uma população combinada de 3,6 bilhões de pessoas.
Principais conclusões da pesquisa

Senso de controle sobre as doenças. No geral, uma maioria global (56%) acredita que tem controle sobre suas doenças. No entanto, quando questionados sobre doenças específicas, foi constatado que menos da metade acredita que podem controlar doenças como obesidade, doenças sexualmente transmissíveis, problemas de coração, diabetes e depressão.

Foco na saúde mental. É crescente a ideia que a saúde mental está intimamente ligada ao cuidado alimentar, aos exercícios físicos e ao bem-estar geral. Os entrevistados deixam claro que o modo de vida moderno não faz bem ao cérebro. Quando questionados sobre os vários fatores que são “bons” e “ruins” para a saúde mental, os tópicos mais nocivos apontados, em ordem, foram: uso de drogas, cigarro, poluição da água e do ar, trabalhos estressantes, uso de álcool, ansiedade e dieta pobre em nutrientes. Por outro lado, foram também apontados os fatores mais benéficos ao cérebro: exercício físico, sono, amor, dieta saudável, hábito da leitura, socialização e sexo.

Poder da mente sobre o corpo. Seis em cada dez pessoas no mundo acreditam que “pensamentos poderosos podem ajudar uma pessoa a se curar”. Talvez ainda mais surpreendente seja a constatação que quatro em cada dez entrevistados acredita que “a maioria das doenças é psicossomática” – ou seja, está tudo em nossas cabeças.

Dieta como arma para uma vida mais longa. No Brasil, a preocupação com alimentação saudável chega a 71% da amostra – um número altamente significativo. Além disso, 77% dos brasileiros concordam com a afirmação “que estão mais conscientes do valor nutricional dos alimentos” contra apenas 65% da média global. Entretanto, apenas 51% diz que confia na indústria para prover aos consumidores alimentos saudáveis.

Fonte: http://www.opovo.com.br/app/opovo/tendencias/2012/05/26/noticiasjornaltendencias,2846737/em-busca-de-saude-e-bem-estar.shtml

Nenhum comentário:

Postar um comentário